17/07/2025 – 16:26
Antonio Araujo/Câmara dos Deputados
Silvia Cristina, uma das requerentes para a realização da audiência
Como parte da campanha de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, o chamado Julho Verde, a Comissão de Saúde da Câmara ouviu especialistas sobre a doença. Existem 17 tipos de câncer de cabeça e pescoço. Os mais comuns afetam a pele, a nasofaringe, a cavidade oral, a laringe e a tireoide. Somando-se todos os tipos, o câncer de cabeça e pescoço ocupa o 4º lugar no ranking de incidência de cânceres.
Gabriel Marmentini, da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil), disse que a entidade tem algumas prioridades, entre elas a efetivação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
Ele também citou a necessidade de mais cuidados com as pessoas que ficam com mutilações faciais em função dos tratamentos e de formação sobre o tema para os dentistas. “Uma das demandas também da ACBG Brasil e que estamos buscando contribuir com o governo é justamente avançar no diagnóstico precoce e no preparo dos odontólogos para que eles possam ser nossos aliados nesse processo”, disse.
Rogério Dedivits, que é cirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo, disse que os tipos de câncer que afetam cabeça e pescoço atingem mais os homens acima de 40 anos e que fumam e bebem. São doenças relacionadas à pele, boca e garganta.
Ele apontou a importância da vacinação contra o HPV para evitar câncer de boca e garganta. No caso das mulheres, o câncer mais comum é o de tireóide.
Kátia Marquetti, do Hospital Sírio-Libanês de Brasília, disse que um dos problemas é o diagnóstico tardio, o que ocorre em mais de 90% dos casos.
A deputada Silvia Cristina (PP-RO), uma das autoras do requerimento da audiência, disse que está apoiando um trabalho de prevenção em Rondônia há quatro anos. “Hoje, com uma unidade móvel, nós estamos percorrendo as cidades mais distantes, estamos conseguindo conquistar alguns números expressivos”, disse.
A Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço está fazendo uma campanha específica para lembrar que este tipo de câncer pode evoluir para problemas no pulmão. Clique aqui para acessar o site da campanha Julho Verde.
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub